domingo, março 30, 2008
sábado, março 29, 2008
A História está toda lá
Rua dos Caldeireiros.
"O Porto é um caso de sobrevivência histórica. Por isso é justo que lhe deêm, como lhe dão, o nome de baluarte, não talvez da liberdade apenas, pela qual afinal todo o país lutou, mas da tradição, de que ele é hoje o guarda mais intransigente e cioso."
João Chagas, O Porto de ontem e de hoje
Ao Dia Nacional dos Centros Históricos, ontem comemorado.
quinta-feira, março 27, 2008
Bibinha! Quem quer a bibinha?
"Ao abrir, pela manhã, a janela do meu quarto, dei um grito de alegria!
É que iam passando pela rua as mulheres de venda, com as suas canastras à cabeça, a sua perna nua, e os cabelos soltos flutuando ao vento!...
- Biba! Biba! gritavam elas, apregoando sardinha. Oh! Bibinha! Bibinha! Quem quer a bibinha!
Ah! Não há nada mais bonito, mais virginal, mais tentador, e ao mesmo tempo mais casto, do que aquelas modestas raparigas, de olhos grandes e ternos, sorriso meigo, olhar límpido! de uma força graciosa, que revela fogo nos olhos e sangue nas veias! passando indiferentes a quem olha para elas, às perguntas que lhes dirigem, às galanterias que lhes dizem... aos pedidos que lhes fazem!...
- Bibinha! Bibinha! gritam elas. Quem quer a bibinha?"
Júlio César Machado, Recordações do Porto
domingo, março 23, 2008
Pronto para ir
A noite de Sábado começou verde e branca com a merecida vitória de um Vitória que encarna na perfeição o espírito das gentes da cidade do Sado. Depois, o serão continuou na rua do Breyner com o concerto do "vagabundo amador" Jorge Cruz. As "canções de amor e de guerra" do músico aveirense deixaram novamente "Sede" de mais ouvir. Já em plena madrugada, o palco foi diferente. Na rua Álvares Cabral houve espaço e tempo para um saboroso pé de dança, ao som de nomes como White Stripes ou Blur. A noites assim estou sempre pronto para ir.
Jorge Cruz - "Fado de uma rua qualquer"
Jorge Cruz - "Fado de uma rua qualquer"
sexta-feira, março 21, 2008
Neo-realismo
Meio-dia vozes e lenha
o cheiro do cozido à portuguesa.
Vou a caminho da faculdade
no bolso um lápis a esferográfica
o programa do computador
pelo passeio encostados às casas
metalúrgicos trolhas picheleiros.
Não é de pá e picareta o meu ofício
nem na sacola levo a marmita
o martelo a lima a chave-inglesa.
Não é um destino a emoldurar
diploma à entrada da sala
é só a vida além de mim.
Dia Mundial da Poesia
terça-feira, março 18, 2008
Vou levar o meu filho às Antas
"No tempo da minha avó, a velha travessia da periclitante ponte D. Maria, à chegada ao Porto, era sempre antecedida de um acto de contricção, rezado em voz alta no silêncio da carruagem - e eu aterrorizado, de mão dada com ela, olhando as águas escuras do rio, lá em baixo, que esperavam para me engolir.
Disso, está agora poupado o meu filho. Infelizmente, já não chegaremos também a S. Bento, depois de mergulharmos naquele túnel escuro, cheio de fuligem e ruídos metálicos de travões sob os carris, mas que dava um ar final de mistério e aventura à viagem. Sairemos antes em Campanhã e apanharemos um táxi para eu lhe mostrar a minha terra:..."
Miguel Sousa Tavares in Não Te Deixarei Morrer David Crockett
domingo, março 16, 2008
quarta-feira, março 12, 2008
domingo, março 09, 2008
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