sexta-feira, março 21, 2008

Neo-realismo



Meio-dia vozes e lenha
o cheiro do cozido à portuguesa.
Vou a caminho da faculdade
no bolso um lápis a esferográfica
o programa do computador
pelo passeio encostados às casas
metalúrgicos trolhas picheleiros.

Não é de pá e picareta o meu ofício
nem na sacola levo a marmita
o martelo a lima a chave-inglesa.
Não é um destino a emoldurar
diploma à entrada da sala
é só a vida além de mim.




Dia Mundial da Poesia

1 comentário:

joquinhas disse...

A vida além de nós somos nós durante a vida!!! (será que isto faz algum sentido?!)
Confesso que a primeira sensação ao ler o poema não foi boa - é que eu não como carne e o cheiro Cozido à Portuguesa deu-me a volta à barriga:)))

Amanhã Jorge Cruz no Uptown. Eu vou;)