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(...) Uma beleza funda, grave, rude e rouca. Escadas, arcadas, ruelas abrindo para o fundo do mar da cidade. E, aqui e além, um rosto emergindo do fundo do mar de vida.
Porque ali é a cidade onde pela primeira vez encontrei os rostos de silêncio e de paciência cuja interrogação permanece.
Porque ali é o lugar onde para mim começam todos os maravilhamentos e todas as angústias.
(...)
Porque nasci no Porto sei o nome das flores e das árvores e não escapo a um certo bairrismo. Mas escapei ao provincianismo da capital.
Sophia de Mello Breyner Andresen. A Pátria dentro da Pátria.
1 comentário:
Porto e Sophia = bela mistura :)
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