Estrella encantadora Morente

Estrella Morente é uma das revelações mais importantes do Flamenco nos últimos anos, emprestando a sua voz a Penélope Cruz no filme Volver de Pedro Almodôvar. Esta Sexta, pelas 22h00, esta mujer vai certamente encantar a noite portuense da Casa da Música, com o seu espectáculo que faz parte do ciclo Dias de Espanha. O Portus Cale não podia deixar de fazer referência. Sirvam-se também do leque porque vai aquecer.

Volver :: Estrella Morente

Longa e memorável

O Porto saiu à rua e encheu-se de alegria. Como se previa foi a noite mais longa do ano e a que no dia 31 de Dezembro se encontrará mais viva na minha memória.
O Portus Cale percorreu o Porto e viveu experiências que ficarão gravadas por muito tempo no nosso consciente. Para o caso de essas memórias se irem desvanecendo ficam também gravadas neste espaço.
Para o JE a festa começou na Avenida dos Aliados ao som de José Cid. Para mim começou à saída da estação de metro de S. Bento com as primeiras marteladas a serem distribuídas. Rapidamente nos misturamos na multidão que mais não era do que um grande grupo de amigos. Contra essa multidão, que se dirigia para a ribeira, subimos os clérigos e definimos o ponto de onde assistiríamos ao iluminar dos céus quando o relógio marcasse 00h00: o mirante da rua da Bataria da Vitória. Aí decidimos procurar o "Porto profundo". Próximo destino: escadas dos guindais. Descemos em zigue-zague até à ribeira e voltamos a subir até ao miradouro junto ao Convento de S. Bento da Vitória que o dia 24 aproximava-se a passos largos.

Vista do fogo da janela de minha casa

Depois do colorido e estrondoso fogo de artifício juntamo-nos ao Conjunto António Mafra e na Avenida dos Aliados dançou-se ao som de clássicos como "Sete e pico" e "Arrebita, arrebita arrebita". O povo arrebitou e um senhor visivelmente embriagado pelo espírito do S. João e não só decidiu perguntar-nos se nos podia beijar!!! Achámos que o espirito do S. João tem limites e gentilmente declinámos. Ainda na Avenida dos Aliados o JE ia-se vendo privado do seu primeiro martelo da noite (ao todo foram 3) quando uma criança gostou tanto do martelo que decidiu "palma-lo" das mãos do meu amigo e desatar a correr.
Martelo recuperado achámos que a Avenida dos Aliados já nos tinha dado o suficiente e decidimos dirigirmo-nos para a ribeira que acabou por ser apenas um ponto de passagem para o nosso destino final: Castelo do Queijo. Integramo-nos na romaria que se dirigia para as praias da foz sem saber bem o que nos esperava. Conhecemos uns "amigos" do Alentejo que nos asseguraram que estavam a adorar a experiência apesar de "um pouco cansados".
Continuámos a viagem e o melhor momento da noite estava ainda por vir. Já na Avenida Brasil descobrimos um novo tipo de música: o ska. De uma carrinha antiga da Volkswagen, daquelas que associámos automaticamente aos hippies e que vimos em filmes como "Little Miss Sunshine", saía um ritmo contagiante ao qual nos decidimos juntar. Quem passou por ali depois das 04h00 concerteza reparou num grupo de 7 pessoas dançando como se não houvesse amanhã. Para vocês só uma pergunta: porque não se juntaram a nós? E cansaço não conta como desculpa. Foi o momento mais alto da noite e ali ficámos uma hora aos pulos qual tribo africana a pedir chuva aos deuses.
Mas a fome apertou e lá nos dirigimos para o Castelo do Queijo onde comemos um dos últimos cachorros quentes da roulote. A noite para nós estava a acabar e cada um sonhava já com a sua cama. O sonho tornou-se realidade às 08h00 quando caí na cama com a noção de que tinha terminado a melhor noite do ano. Não tenho provas mas tenho cá para mim que dormi com um amplo sorriso nos lábios.

Em jeito de agradecimento ao "pessoal da carrinha" deixo aqui uma amostra do "som do S. João de 2007":

A cidade à sombra de uma nova «Luz»

«Luz», o novo álbum de Pedro Abrunhosa & Os Bandemónio

Aquele era o tempo
Em que as sombras se abriam,
Em que homens negavam
O que outros erguiam.
E eu bebia da vida em goles pequenos,
Tropeçava no riso, abraçava venenos.
De costas voltadas não se vê o futuro
Nem o rumo da bala
Nem a falha no muro.
E alguém me gritava
Com voz de profeta
Que o caminho se faz
Entre o alvo e a seta.

Pedro Abrunhosa, excerto de Quem me leva os meus fantasmas

O Porto não dormiu

Nós também não.

Foi uma noite de festa(s) para todos os gostos. Uma noite sem fim. A ver no «Baixa do Porto».

Fotografia de TAF

O Portus Cale agradece.

Qual solstício de Inverno! Esta sim é a maior noite do ano.

Ninguém conhece ninguém.
Rusgas, ervas, festas a rodos.
Quando a madrugada vem
Já todos conhecem todos!
por Bartolomeu

Eu sou a fonte vadia
Dum S. João vagabundo
Que mata a sede à folia
Da maior noite do mundo
por Resende

Ninguém se sente sozinho
Na noite de S. João:
O de mais longe é vizinho,
O de mais perto é irmão.
por Broeiro

Já nem sei o que sentir
Na noite de S. João
Ao ver o balão subir
E o povo sempre no chão
por Martinha



:Quadras escolhidas do 78º Concurso de Quadras de S. João do "Jornal de Notícias".:

Quadra de S. João

Em rusgas antecipadas

com fogueiras de paixões

bailaram nas madrugadas

labaredas de dragões.

A todos os amigos do Portus Cale, um bom S. João !

:: A quadra escolhida para o post foi retirada de uma manjerico que estava pousado sobre o balcão da Adega S. Romão, na Travessa dos Congregados. Reparei nela, enquanto ontem almoçava umas boas tripas à moda da Invícta. Hoje, é dia de sardinhas e caldo verde.

* A fotografia foi retirada do álbum do S. João do Porto.

Haja música no Porto!

Agosto promete trazer muita música à nossa cidade. Depois do anunciado concerto dos britânicos Keane agendado para o início do mês, a realizar no Queimódromo, é agora a vez de termos confirmado o sempre desejado festival Noites Ritual, a realizar nos jardins do Palácio de Cristal. Já foram agendadas as actuações de Clã e de David Fonseca, nos dias 24 e 25 do referido mês, respectivamente. O evento, organizado pela Porto Lazer e produzido pela Xinfrim, contará com 12 bandas nacionais. No caso dos Clã, que comemoram 15 anos de carreira estreiam o novo álbum ao vivo nas Noites Ritual Rock. O espectáculo de David Fonseca, cuja voz é indissociável do grupo Silence 4, baseia-se no último álbum, Our Hearts Will Beat As One, bem cotado no ano passado. Assim sim, haja música!

«Jesus Cristo Superstar»

O Teatro Rivoli, no Porto, reabriu com o musical Jesus Cristo Superstar, numa produção de Filipe La Féria. Esta adaptação de um dos mais famosos musicais da Broadway, de Andrew Lloyd Webber e texto de Tim Rice, está em cena desde o dia 16 e conta com um elenco de 50 artistas. Os protagonistas são o fadista Gonçalo Salgueiro, no papel de Jesus Cristo, e Pedro Bargado, que interpreta Judas. De Terça a Domingo, bilhetes entre 15 e 35 euros.

Há festa na ribeira

O espectáculo foi apresentado como o maior espectáculo multimédia alguma vez realizado na cidade do Porto e dele faziam parte iluminação arquitectural, vídeo, laser, fogo e som para além, está claro do que para muitos é considerado como o maior dj do mundo: Tiësto.

Eu não me desloquei à ribeira do Porto mas pelo que pude ver do Jardim do Morro junto à ponte D. Luiz e no que diz respeito a afluência parece ter sido um sucesso.
De seguida apresento as primeiras fotos do evento(?) tiradas há minutos da janela da minha casa.

Aqui está o que foi permitido registar à distância que me encontrava. Se estiveram por lá contem-nos como foi. E já agora se estiveram a pensar que tenho um boa vista para a baixa do Porto dêem uma salto aos arquivos de Outubro de 2006.

Passear a preto e branco

Enquanto o tempo é escasso para um passeio pelo Porto, vai valendo e de que maneira O Tripeiro, que todos os meses nos traz magníficas histórias e reportagens da cidade antiga e actual, acompanhadas também de belíssimas fotografias. Tudo a preto e branco. Sabe bem, mesmo com o verdadeiro Verão a chegar. O próximo já me espera no quiosque habitual.

Coimbra, encanto na hora da chegada