O traçado da muralha começava no Postigo do Carvalho, que se chamou mais tarde de Postigo do Sol. Seguia pelo local onde está o Governo Civil e o Teatro de S. João, passando depois à Rua de Cimo de Vila. Continuava em direcção ao sul pela Calçada de Santa Teresa até junto da Igreja dos Congregados e depois ia em linha recta ao longo do actual edifício das Cardosas, onde estava a Porta de Santo Elói. Seguia pela Calçada dos Clérigos até à Cordoaria (Porta do Olival). Descia depois em direcção à Rua do Calvário. Seguia o rio pelo noroeste da Rua da Cordoaria Velha, atravessando a Rua da Esperança e continuava até ao rio (Porta Nova). Esta Porta foi aberta, em 1552, por ordem do Rei D. Manuel I, vindo substituir e alargar o Postigo da Praia. Foi demolida em 1872 quando se abriu a Rua Nova da Alfândega.
Vista do tabuleiro superior da Ponte D. Luís I. Ao lado o funicular dos Guingais a meio de uma das suas viagens diárias.
A muralha continuava paralela ao rio até subir para Santa Clara. Continuava em direcção ao Postigo do Carvão, o único que ainda existe. Mais adiante havia o Postigo do Peixe. A seguir ficava a Porta da Ribeira, demolida em 1774 quando se decidiu construir a Praça da Ribeira.Existiam ainda mais quatro postigos, o do Pelourinho, o da Forca, o da Madeira e o da Areia. Depois deste último a muralha deixava de acompanhar o rio e subia até à Porta do Sol.
Texto integralmente retirado do Primeiro de Janeiro, edição do dia 02/01/07